13 de ago. de 2009

ALFREDO VON DER OSTEN: ESSE NOME NÃO PODE SER ESQUECIDO!


Seu nome completo era Alfred Heinrich Richard Leopold von der Osten. Ele foi o primeiro von der Osten de Cerro Azul (imigrou ainda na época da Colônia Assunguy) e foi também Prefeito! A foto acima é do túmulo onde ele e sua esposa estão enterrados, no Cemitério Municipal de Cerro Azul. Alfred nasceu em 12/07/1824 em Schlawe, Pomerânia (na Alemanha), filho de  Wilhelmine Nierhoff e Heinrich Philipp von der Osten. Casou-se com Ernesthine Wilhelmine Hübschmann (ela nasceu em 1822 na Alemanha e morreu em 24/10/1909, no Brasil. Anteriormente havia sido casada com Franz Gustav Straube, pai de Guilherme Straube, que se tornaria um dos primeiros prefeitos de Cerro Azul). De origem alemã, emigraram para o Brasil, chegando primeiro em Santa Catarina, na Colônia Dona Francisca. Casaram-se em 13/05/1855 em Joinvile, Santa Catarina. Alfred morreu no Brasil em 1905.

FONTE: Arquivos da Casa da Cultura de Cerro Azul
http://www.familysearch.org/










11 de ago. de 2009

A história do Barão do Serro Azul


A história do Barão é fascinante! 

Mas... o que a história de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, tem a ver com a nossa cidade? O nome da cidade está relacionado ao Barão? Mistério... Ainda há muito por pesquisar, muito por desvendar, muito por discutir... Voltarei a esse assunto com mais profundidade. Por enquanto, sintam o "gostinho" dessas duas notícias abaixo que garimpei:

 Nobre que deu vida pela paz tem heroísmo reconhecido
Passados 114 anos de sua morte, o barão do Serro Azul tem o nome inscrito no Livro de Aço dos Heróis Nacionais (Pollianna Milan)

Foi preciso esperar 114 anos para que o país finalmente conseguisse reconhecer um homem que deu a vida para proteger Curitiba: em dezembro do ano passado, o fazendeiro e político Ildefonso Pereira Correia, o barão do Serro Azul, teve seu nome incluído no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, do Panteão da Pátria Tancredo Neves, em Brasília. A indicação do nome do barão partiu do senador Osmar Dias (PDT-PR). “É preciso fazer justiça com a história brasileira. Era necessário corrigir um erro do passado, porque o barão foi tido, por cerca de 40 anos, como traidor. Se não fosse ele, Curitiba teria passado pela Revolução Federalista com um saldo de mortes muito grande”, explicou o senador.A injustiça está marcada, até hoje, com uma cruz no quilômetro 65 da Serra do Mar, na estrada de ferro que liga Curitiba a Paranaguá. Foi nesse local que o barão do Serro Azul e mais cinco companheiros foram fuzilados pelo Exército de Marechal Floriano Peixoto, os conhecidos pica-paus. Para entender o que aconteceu, é preciso voltar a 1893, quando os revoltosos do Rio Grande do Sul, conhecidos como maragatos, decidiram invadir o Paraná levantando a bandeira pela República e pela derrubada do presidente Marechal Floriano do poder.

Brasileiros são homenageados por seus ideais de liberdade e democracia
O Livro de Aço dos Heróis Nacionais fica no salão principal do Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O livro é feito por páginas de lâminas de aço que podem ser folheadas. Em cada uma delas há a inscrição do nome de um dos heróis nacionais e um pequeno histórico sobre eles. A escolha de cada herói é feita pelo Congresso Nacional: são aprovados apenas os nomes que comprovadamente são de brasileiros que tinham ideais de liberdade e democracia. Desde 2007, ficou estipulado que os nomes dos heróis só poderiam ser indicados depois de passados 50 anos da morte do homenageado. Atualmente são dez os heróis que já tiveram o nome registrado no Livro de Aço: Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; marechal Deodoro da Fonseca; Zumbi dos Palmares; dom Pedro I; Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias; José Plácido de Castro; Joaquim Marques Lisboa, o almirante Tamandaré; Francisco Manuel Barroso da Silva, o almirante Barroso ou barão do Amazonas; Alberto Santos Dumont; e José Bonifácio de Andrada e Silva. Três nomes já foram aprovados pelo Congresso, mas aguardam solenidade especial para serem incluídos no livro: Manuel Luís Osório, o marechal Osório ou marquês do Erval; Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes; e o primeiro paranaense considerado nacionalmente como herói, Ildefonso Pereira Correia, o barão do Serro Azul. (PM)

Os maragatos chegaram em três frentes ao estado: por Tijucas do Sul, pela Lapa (onde a resistência deixou várias pessoas mortas) e por Paranaguá. “É preciso lembrar das adesões internas da revolução, por parte da população local. As condições dos homens do campo e a decadência da atividade campeira fizeram com que muitos paranaenses aderissem ao movimento dos maragatos”, explica o doutor em História Rafael Augustus Sêga, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O então presidente do estado, Xavier da Silva, ao saber da proximidade dos maragatos, pediu licença do cargo sob a alegação de que tinha de tratar de problemas de saúde. Vicente Machado, o vice, assumiu e decidiu transferir a capital para Castro, sua cidade natal. Curitiba ficou à mercê dos revoltosos que já chegavam ao município, até mesmo de trem, para tratar dos feridos. Os boatos sobre a possibilidade de saques no comércio, inclusive a ameaça à integridade das famílias que decidiram ficar, fizeram com que o barão do Serro Azul tomasse a decisão de cuidar de Curitiba, por meio de uma junta governativa.
Serro Azul considerava desnecessário derramar mais sangue: para ele, o Cerco da Lapa já tinha deixado um saldo de mortes muito grande. Por isso, decidiu negociar com os maragatos: em troca da paz e da inexistência de saques no comércio, o barão emprestou, com o apoio de alguns comerciantes, dinheiro a Gumercindo Saraiva, chefe dos maragatos. A negociação, entretanto, foi vista como uma traição por parte dos florianistas. Serro Azul não era maragato nem pica-pau. Justamente essa posição neutra lhe tirou a vida. “Dizia Maquiavel, em O Príncipe: um político, quando não toma partido, quando não escolhe um aliado, passa a ser visto com desconfiança pelos dois lados da guerra”, afirma o cientista social e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Ricardo Costa de Oliveira. Os maragatos perderam a batalha porque tiveram parte das forças diluídas no confronto da Lapa, tinham pouco armamento e estavam fragilizados. Gumercindo e sua tropa saíram em retirada. Vitoriosos, os florianistas entraram triunfalmente em Curitiba. Com os pica-paus no poder, Serro Azul e mais cinco companheiros foram presos sob a alegação de que deveriam ser julgados pelo Conselho Militar, a respeito da “ajuda” que teriam dado aos maragatos. Na calada da noite, os seis homens foram levados de trem, em direção à Paranaguá, sob o pretexto de que embarcariam de navio até o Rio de Janeiro onde receberiam a sentença. Foi uma emboscada. O trem parou no quilômetro 65, os amigos de Serro Azul e ele foram mortos a sangue frio: um tiro nas pernas deixou o barão de joelhos e, depois, ele foi fuzilado. Um amigo da família do barão desceu até o local para tentar achar os corpos, que no outro dia já estavam em estado de decomposição. Era arriscado tirá-los dali, porque os pica-paus estavam por perto. Os mortos foram escondidos e, depois de alguns dias, o amigo voltou para tentar enterrá-los dignamente. Até hoje não se sabe com certeza se o corpo que está no mausoléu do Cemitério Municipal de Curitiba é mesmo o do barão do Serro Azul: pode ser dele ou de um dos outros cinco homens que foram mortos injustamente.
Fonte: http://portal.rpc.com.br/ - publicado em 31/01/2009

10 de ago. de 2009

A PRAÇA MONSENHOR CELSO



Nossa cidade é uma típica cidade de interior, desses locais onde dá gosto de passear e conversar com as pessoas. Temos uma única praça, localizada no centro da cidade: a Praça Monsenhor Celso. Por que a praça tem esse nome? Confira a história:

Monsenhor Celso Itiberê da Cunha


Nasceu em 11 de setembro de 1849, na cidade de Paranaguá, no Paraná, às margens do Rio Itiberê (anteriormente chamado de Rio de Vila ou de Rio Taquara). Seu pai, o Sr. João Manuel da Cunha, acrescentou aos nomes dos seus filhos (Celso e Brasílio) o nome Itiberê, donde, conseqüentemente: Celso Itiberê da Cunha (e Brasílio Itiberê da Cunha). A casa onde viveu os primeiros anos de sua existência existe até hoje e é conhecida como a “Casa de Monsenhor Celso”. Desde a infância, Celso Itiberê mostrou-se ligado ao evangelho de Jesus e aos seus exemplos de amor, de humildade, de tolerância e benevolência. Em 1868, com 19 anos de idade, em função dessa tendência ao evangelho e da fé professada pela família, Celso Itiberê da Cunha ingressou no seminário, ordenando-se sacerdote em 1872. No dia 7 de setembro de 1873, fez sua primeira aparição pública como sacerdote católico, conduzindo uma missa. Logo após (não há registro do ano) foi nomeado Vigário de Serro Azul. Não se sabe se foi em 1900 que retornou a Curitiba, onde estudara no Seminário. Mas foi nesse ano que recebeu a nomeação para Vigário da Arquidiocese de Curitiba, sendo, logo depois (em função de sua dedicação e do seu amor por todos), promovido a Cônego Honorário de Catedral Metropolitana da Capital Paranaense. Outras oportunidades de progresso na carreira eclesiástica, ele as teve. Mas rejeitou todos os cargos que lhe foram oferecidos, para não se afastar dos seus paroquianos e dos pobres e humildes habitantes da região periférica de Curitiba, aos quais levava não apenas um conforto material, porém - acima de tudo – um envolvimento espiritual acentuado, derramando a paz e a alegria por onde passasse. Em 11 de julho de 1930 morreu com mais de 80 anos. Uma verdadeira multidão acompanhou o cortejo fúnebre. Foi um choque para todos. Homenagens póstumas aconteceram em Curitiba, Paranaguá e Serro Azul... Em Curitiba, a Câmara de Vereadores estabeleceu, por unanimidade, o nome de “Rua Monsenhor Celso” à via que se inicia na Praça Tiradentes, ponto central da cidade, e segue para o sul, até a Praça Carlos Gomes. Em Paranaguá, entre outras homenagens, é instituída a “Casa de Monsenhor Celso”, um verdadeiro remanso de paz... Fonte: http://http://www.sejoi.org.br/