25 de out. de 2009

BARÃO DO SERRO AZUL

O REI DA ERVA MATE

Ildelfonso Pereira Correia foi um empresário inovador. Nasceu em Paranaguá em 6 de agosto de 1849, estudou Humanidades em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas voltou ao Paraná para tocar o seu primeiro engenho de erva-mate em Antonina. Após a construção da Estrada da Graciosa, ele transferiu os negócios para Curitiba e, na cidade, mostrou como era ser um homem com visão moderna para a economia. Manteve comércio com Montevidéu e Buenos Aires. Tornou-se o maior exportador de erva-mate do Paraná e o maior produtor do mundo. Foi um dos fundadores da Imprensa Paranaense, a qual usava para imprimir as embalagens da erva-mate. Também contribuiu com a fundação do Clube Curitibano. Criou ainda a Associação Comercial do Paraná (ACP). O empresário recebeu a comenda Ordem da Rosa, de dom Pedro II, pela prestação de serviços ao monarca. Durante a visita da princesa Isabel a Paranaguá, Ildefonso foi agraciado com o título de barão. O nome Serro (que significa serra, espinhaço) Azul foi uma homenagem a uma vila que existia em Curitiba, a qual ele ajudou a construir, a Vila do Serro Azul. Antes disso, havia o Visconde de Cerro (colina) Azul – título concedido ao militar gaúcho João Pereira Martins, durante o primeiro reinado.

QUEM É O CULPADO?
A morte de Serro Azul levantou a hipótese de que Vicente Machado, então presidente (governador) do estado, teria dado a ordem de fuzilamento, ou feito vistas grossas ao caso. Essa dúvida nunca foi esclarecida. Vicente Machado sempre negou a autoria. “Esse caso lembra muito a ditadura militar: capitães tinham carta branca para aplicar punições em decorrência de uma guerra civil que estava em andamento”, explica o cientista social Ricardo Costa de Oliveira. Por cerca de 40 anos, o nome de Serro Azul foi omitido da história do Paraná: no livro Para a História, de Rocha Pombo, as páginas que tratavam de Serro Azul foram arrancadas. “Foi um período em que a narração da história se dava, sobretudo, em cima dos fatos heroicos. Quem fugia covardemente virava herói”, afirma o doutor em História Rafael Augustus Sêga. O resgate da figura do barão foi feito apenas uma geração depois, quando os ânimos já estavam apaziguados. (PM)



Fonte:http://portal.rpc.com.br/ – publicado em 31/01/2009

Um comentário:

Carlos DOBBINS meus parentes estavam lá também Willian DOBBINS esposal laura dobbins disse...

ESTOU PESQUISANDO SOBRE MEU AVÔ QUE NACÉU EM SERRO AZUL EM 23 AGOSTO DE 1869 SEU NOME ERA WILLIAM DOBBINS COM NOME BRAS OLEIRO FICOY GUILHERME DOBBINS SEUS PAIS ERAM PATRÍCIO DOBBINS E A MÃE HELENA DOBBINS