Nosso povo tem vários folguedos, entre eles as festas juninas, com a tradicional “Quadrilha”, que é comandada por alguém que “grita” os movimentos e os brincantes executam. Entre estes, figura o “a ponte caiu”, para que todos dêem meia volta no “caminho da roça”, tristes por terem perdido a festa. Mas logo se alegram quando se ouve a famosa frase “é mentira!”. Infelizmente, a realidade não é tão feliz e festeira: ontem, “A ponte do Rio Ribeira caiu” e “NÃO ERA MENTIRA”...
Um dia depois do sinistro, Cerro Azul acordou iluminado por um lindo dia de sol, como que para aquecer os corações de todo o povo, abalado pelos acontecimentos dos últimos dias, que levaram não apenas a ponte, mas também os lares, as plantações, os comércios de vários irmãos cerroazulenses. Junto com a ponte, vai junto um pedaço de Cerro Azul, que agora será história nos corações e nas mentes. Para que essa história não seja esquecida, presto aqui a minha homenagem, o meu respeito e minha solidariedade a todos os nossos irmãos que precisam de nossa ajuda. Afinal, “o ofício dos historiadores é lembrar o que os outros esqueceram”. E para que ninguém esqueça registro aqui:
O Ribeira é o mais importante rio de nossa região e o nosso principal acesso a diversas comunidades rurais, bem como ao município vizinho de Dr. Ulysses (antigo distrito de Varzeão). Ao longo do tempo a travessia se deu através de uma balsa que operava na região. Na gestão do Prefeito Athanagildo de Souza Laio e do governador Moisés Lupion se deu a construção da primeira ponte, feita de madeira. Segundo Dr. Ruy Vilella Guiguer, em seu estudo "Acordem, cerroazulenses, acordem!", posteriormente, durante a gestão do governador Ney Aminthas de Barros Braga e do Prefeito Silvio Antonio von der Osten, a antiga ponte foi substituída pela ponte pré moldada de vão de 96 metros, inaugurada em 1963 com o nome de “Ponte Athanagildo de Souza Laio”, resolvendo de uma vez por todas a questão da travessia desse maior rio.
Em meio a tristeza da enchente, uma notícia que alegra a todos: quase ao mesmo tempo em que a ponte caía, começava a vida de João Roberto Briatori Blatner (filho de nossos amigos Sandra Mara Briatori Blatner e Rafael Felipe Flores Blatner), como que a nos dizer que apesar de tudo, a vida sempre se renova...
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