27 de abr. de 2013

VÓ COM AÇÚCAR


Uma vez eu ouvi em algum lugar que a felicidade não pode ser medida pelo número de anos que vivemos, mas sim pela intensidade dos momentos de felicidade que desfrutamos ao longo de nossa existência. O que dizer então quando a felicidade que vivenciamos está aliada a 90 anos de existência de alguém que partiu, mas que vai deixar eternas saudades?

LUIZA GABRIEL DE MOURA (ela foi casada por 72 anos com WALDOMIRO DE MOURA E COSTA – os dois tinham 18 anos quando se casaram).

Desse matrimônio vieram os filhos:
-Agenor
-Nora
-Lindamir

E os netos
-Vania
-Agenor Junior
-Rodrigo
-Nereu Junior
-Cínthia
-Eraldo

E os bisnetos
-Luana
-Giovana
-Karina
-Bárbara Luiza
-Lucas
-Manuela

Eu e toda a minha família tivemos o privilégio de ter a vó Luiza em nossas vidas. E no dia 23 de abril de 2013, às 18h00 min. ela partiu... Partiu não de ir embora e nunca mais voltar, mas sim de realizar a passagem para uma nova esfera que marca a existência de todos nós. Ela fez a sua passagem e no período em que a tivemos junto de nós pudemos desfrutar de momentos únicos! São tantas recordações... Ao pensar nela só posso pensar numa expressão: “VÓ COM AÇÚCAR”. E foi isso que ela foi para todos nós (o sonho de toda criança) – adorávamos visitar a vó Luiza porque ela deixava fazer o que a gente queria. Não me lembro em meus 44 anos de vida de uma única vez que eu tenha ido na casa da vó e que que ela não tenha me oferecido um pedaço de bolo, de pão, um doce, um cafezinho ou mesmo um copo d’água. E essa preocupação era com todos nós, fôssemos filhos, netos ou bisnetos: simpatias e “puxados” quando as crianças da família estavam para nascer, os cuidados com os umbiguinhos, as novenas e as orações em épocas de Semana Santa, Páscoa, Natais, etc. Nossos almoços e jantares inesquecíveis na churrasqueira dos avós queridos (fosse aniversário de alguém, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais ou sem uma data específica – pelo simples prazer de estarmos todos  juntos).
Agora esses momentos são pura recordação e qualquer coisa que eu escreva aqui será pouca e incompleta diante da grandeza da nossa perda. Nada mais será como antes e ao mesmo tempo é preciso que tudo continue como antes, porque a vida segue em frente e temos o privilégio de ainda ter perto de nós outros avós maravilhosos: A benção, Waldomiro, Vergília e Sílvio! Amamos todos vocês!!!!
Se você tem a benção de ainda ter alguém assim consigo, aproveite: escute, dê atenção, valorize!!!!

FAMÍLIA: SE VOCÊ TEM, VALORIZE!!!!!



19 de abr. de 2013

Arqueologia de Cerro Azul









        Desde que foi criada em 2005, até o ano de 2012, a Casa da Cultura de Cerro Azul recebeu várias doações e empréstimos de artefatos líticos e fragmentos cerâmicos diversos, que possivelmente atestam a presença humana na região do Vale do Ribeira (Alto Ribeira). Podemos supor que tenham sido produzidos e utilizados tanto por povos da pré-história, quanto de povos indígenas habitantes da região em tempos mais recentes.
A origem desses artefatos é diversa. Neste espaço de oito anos, cidadãos de diversas comunidades de Cerro Azul vieram até a Casa da Cultura para efetuar as doações e empréstimos desse tipo de material, que muitas vezes era encontrado no solo e subsolo por ocasião do preparo da terra para a lavoura. É louvável a iniciativa dessas pessoas, porque ao procederem dessa forma, ajudaram a preservar materiais que podem ser importantes para a reconstituição do passado histórico da região. Dentre as várias pessoas, pode-se citar o Senhor Nestor Serafim dos Santos, que doou toda a sua coleção de artefatos, amealhada ao longo de anos de andanças pelas diversas comunidades de Cerro Azul, durante suas viagens a trabalho.
Segundo a arqueóloga Claudia Parellada, do Museu Paranaense, o município de Cerro Azul tem mais de cem sítios arqueológicos (muitos localizados na região das comunidades da Bomba e São Sebastião, onde existe até mesmo um abrigo de pedras com pinturas clânicas), onde estão localizados vestígios das antigas comunidades habitantes da região. Tais sítios estão localizados em regiões próximas (muitas vezes às margens) de dois importantes rios: o Ribeira e o Ponta Grossa. Muitos vestígios encontrados na região foram encontrados e estudados por renomados estudiosos (como o Prof. Dr. Igor Chmyz), membros de importantes Instituições como a UFPR – Universidade Estadual do Paraná, e USP – Universidade de São Paulo. Tais materiais estão sob a guarda dessas Instituições e também do Museu Paranaense.
Ainda segundo Claudia Parellada, os fragmentos cerâmicos que fazem parte do acervo da Casa da Cultura pertencem à cerâmica de estilo Itararé. As coleções contam também com artefatos líticos diversos, que parecem ser raspadores, pontas de flecha, mãos de pilão, machados, etc. A preservação cuidadosa desse material é muito importante, já que através deles podem-se ter informações valiosas a respeito dos primeiros habitantes da região do Alto Ribeira. 

Fonte: Prof. Vania de Moura e Costa