14 de mar. de 2009

A logo da Prof.

Há tempos eu tinha o desejo de criar uma espécie de "logo" para mim: uma marca que identificasse a mim e ao meu trabalho. Aproveitei os feriados de carnaval desse ano e "nasceu a criança". O significado? Explico:
-H - de História
-PROF. VMC - Professora Vania de Moura e Costa
-tijolos/colher de pedreiro - construindo história
-Cor laranja - Cerro Azul: "Terra da Laranja" (meu amor, minha vida)
Acho que ficou bem interessante, levando em conta os "vastíssimos" conhecimentos de informática que possuo.

13 de mar. de 2009

Tia Olívia


Esta simpática senhora é conhecida carinhosamente por nós em Cerro Azul como "Tia Olívia". Temos o privilégio e a honra de ter ainda conosco uma personalidade quase centenária. "Tia Olívia" faz parte da história de Cerro Azul não apenas pela idade, mas pelo belo trabalho social de juntar latinhas para reciclar, angariando dinheiro para ajudar as pessoas carentes e também porque contava uma história relacionada ao Capitão Guilherme Straube:


A LENDA DO BAÚ DE OURO

Tia Olívia conta sobre o famoso Baú de Ouro que havia ganhado do Capitão Guilherme Straube. Dizia ela que numa noite o Capitão Guilherme Straube lhe apareceu em seu uniforme militar e lhe entregou um baú de ouro que estava enterrado nos fundos do Hospital Capitão Guilherme Straube, onde hoje é a Prefeitura. Eram libras esterlinas que estavam no baú (libras esterlinas eram moedas de ouro). Tia Olívia ainda vive e conta esta história para quem quiser ouvir: O baú de ouro dado a ela só podia ser encontrado por ela mesma, ninguém mais. Tia Olívia morava no Hospital Capitão Guilherme Straube, pois seu marido, Eugênio Crissi, era o diretor. Tia Olívia tinha dois filhos: o Rubens e a Raquel, que se criaram ouvindo este “causo” e morriam de medo. O baú de ouro estava enterrado embaixo da bananeira nos fundos do quintal. Foi a localização que o referido espírito havia dado. Coisas estranhas aconteciam neste prédio: às vezes as portas abriam e fechavam sozinhas, havia passos durante a noite e estalos nas paredes, além de gemidos que toda a família ouvia. Dizem que quem enterra dinheiro não encontra paz. Tia Olívia então partiu para a caça ao tesouro: primeiro começou a cavar o buraco sozinha, mas como nosso solo é arenoso, a dificuldade era grande. Assim pediu ajuda a Tia Hilda, que era espírita. Tia Olívia falava que o espírito havia dito: “se encontrar água pare e cave em outro lugar”. Assim muitos buracos foram abertos e fechados. Numa noite quente, lá se foi Tia Olívia com a pá nas costas procurar o seu tesouro. Começou a cavar, cavar, toc... toc...toc.... Começava a meia noite e ia madrugada adentro. Contava Tia Olívia que desta vez ia dar certo porque ainda não tinha encontrado água e o buraco já estava bem fundo. De repente começou a ouvir vento, cobras de todos os lados e o medo tomava conta de seu corpo todo. Tia Olívia foi em frente cavando sempre. O barulho cessou, as cobras desapareceram, a pá bateu em alguma coisa que parecia ser o baú, pois o barulho era meio oco. Contava Tia Olívia que a emoção era tão grande que ela gritou: “Graças a Deus”. Neste momento toda a terra desabou em sua cabeça enterrando-a até o pescoço. Ela gritava por socorro e toda a vizinhança veio para desenterrá-la, incluindo o marido e os filhos que foram testemunhas do ocorrido. Depois deste fato Tia Olívia, conversando com algumas pessoas espíritas, ficou sabendo que quando se encontra um tesouro não se pode falar nada. Se era fruto da imaginação ou realidade, isto é um mistério que ninguém conseguiu explicar. Só não vale querer detonar o Prédio da Prefeitura para cavar o buraco e achar o tesouro, porque infelizmente ele desencantou-se porque só a Tia Olívia tinha direito.

Lenda pesquisada pelos alunos da escola Municipal Florentina de Araújo

SOBRE GUILHERME STRAUBE

Pesquisando sobre o Capitão Guilherme Straube na net, olhem a pérola que encontrei e reproduzo aqui com a grafia da época:
- Pag. 105 –

Decreto n. 154 – de 17 de abril de 1905

O Presidente do Estado do Paraná, usando da autorisação que lhe confere o art. 1º da lei n. 589, de 20 de Março ultimo, resolve nomear para exercerem os cargos de prefeitos dos municípios abaixo mencionados os seguintes cidadãos:

(...)

Municipio do Serro Azul-Guilherme Straube

(...)

Palacio da Presidência do Estado do Paraná, em 17 de abril de 1905

VICENTE MACHADO DA SILVA LIMA
BENTO JOSÉ LAMENHA LINS


Fonte: Leis, decretos e regulamentos do Estado do Paraná, 1905 (1911)

Disponível em: http://www.archive.org/
Os cemitérios são uma fonte maravilhosa de pesquisa histórica! Confira: Túmulo onde Guilherme Straube está enterrado, no Cemitério Municipal de Cerro Azul.




Esta é a foto de uma das maiores figuras políticas de Cerro Azul: foi o vereador mais votado da última Câmara Municipal de Cerro Azul do Paraná Província, doou o terreno para a construção do hospital, que hoje é o prédio da Prefeitura e foi também Prefeito: GUILHERME STRAUBE! Existe uma lenda sobre ele relacionada a um baú de ouro (vou contar depois). Sou sua fã e pesquisei sobre sua vida para minha pesquisa do PDE: A Revolução Federalista em Cerro Azul - em documentos que li para o estudo ele é citado como maragato). Um pouco da sua história: Era filho do imigrante alemão Franz Gustav e Ernesthine Straube. Nasceu em 1844 e casou-se com Luiza Henes. Era comerciante. Morreu no 2º Quarteirão, com 81 em 05/12/1925 às 05h00min, do coração, sem assistência médica. Seu óbito foi lavrado em 03/06/1926, comparecendo Luiz Antonio de Araújo. Deixou bens e testamento, lavrado por Augusto da Rocha. Foi sepultado no cemitério da cidade. Deixou os filhos:

-Júlio

-Josephina

-Alfredo
-Gustavo
-Carlos
-Carlota

-Francisco
-Luiza
-Anna

-Jacintho

-Emílio